quarta-feira, 8 de junho de 2011

Mudanças no cotidiano carioca pós chegada da Família Real


Chegada no Rio de Janeiro
Com a chegada da corte no Brasil, o Rio de Janeiro se tornou sede do império Português, com isso a sociedade carioca sofreu um grande impacto.

Os hábitos e o estilo de vida dos brasileiros no rio eram muito diferentes antes da corte portuguesa chegar. A elite carioca tinha hábitos rotineiros como levantar às 9h, tomava café da manhã as 10h, trabalhavam até ás 15h, tomavam chá com a família e visitavam casa de amigos quando eram convidados.

Não eram acostumados com etiqueta, somente os homens usavam os talheres, mulheres e criança se serviam com os dedos e os escravos comiam ao mesmo tempo em qualquer lugar da casa, porém eles tinham o habito de cuidar da limpeza do próprio corpo não só a elite, mas sim cariocas de toda classe. 
A Mulher era totalmente isolada, vivia sempre em casa mesmo com a nobreza seguia as normas da província que só podia sair três vezes de casa, para batizar, casar, e para ser enterrada. Só tinha a companhia das escravas que ficava junto com elas sentada na frente da janela pronta para servi-las com isso as mulheres ficavam com o corpo deformado e atingiam a maturidade física aos 18 anos por falta de atividade física. A mulher carioca tinha a beleza física da mulher gorda, caseira, maternal.

Quase não existia vida social no Rio, pois não eram freqüentes as reuniões sociais, os jantares, bailes.
Assim que Carlota Joaquina chegou ao Brasil estava descontente e odiosa, achava o Rio uma cidade repugnante, e sempre falava ‘’ terra de macacos e negros’’.

A família real portuguesa cria uma vida social para Rio de janeiro mudando assim os hábitos de muitos cariocas. Desenvolvendo a etiqueta dos cariocas, mudando a rotina os hábitos as normas, a mulher e a elite.
Os portugueses não possuíam um habito que era o da higiene pessoal muito diferente dos brasileiros.

 A família real assumiu um habito que virou mania não só entre os cariocas, mas entre todos os brasileiros que foi o habito de freqüentar a praia e tomar banho de mar.
Também trouxeram a moda dos sapatos envernizados de couro, a cintura fina que era apertada pelo espartilhos, os cabelos longos  e com formatos pitorescos, a moda do xales de seda, lã, pelo de camelo e tricô além dos bordados de ouro e prata.
 
1813 foi construído o 1º teatro que continha 1.020 poltronas e 112 camarotes que mudou a rotina e vida social da elite carioca, as festas, os bailes as reuniões em casa particular ficou, mas freqüente por que tudo era motivo de comemoração para família real. 

Luana Cavalcanti

Revolução do Porto de 1820 e o Retorno de D. João a Portugal

Revolução do Porto
A revolução do porto foi um movimento que teve grandes consequências tanto na história do Brasil, como também na de Portugal. Com influência de idéias maçônicas e dos liberais emigrantes, os Portugueses questionavam e criticavam a permanência da Corte no Rio de Janeiro.

A Volta para Portugal
Em 1808, o rei D. João VI decide fugir de Portugal, trazendo toda sua corte para o Brasil, deixando a situação financeira de Portugal em estado de calamidade. Em consequência disso, o pacto colonial foi rompido e o Brasil se tornou o manda chuva, ou seja, passou a exercer papel principal, com isso, Portugal se ferrou, passou a assumir papel secundário. A revolução do porto ou revolução liberal do porto ocorreu em 24 de agosto de 1820, iniciada pela tropa do porto, com a falta de pagamento e por comerciantes revoltados daquela cidade, conseguiu o apoio de quase todas as classes sociais: o clero, a nobreza e o exército português. Com a derrota de Napoleão, os portugueses exigiram o retorno imediato da corte ao seu país de origem, era uma forma de restaurar a dignidade metropolitana; o estabelecimento de uma monarquia constitucional, em Portugal e a exclusividade do comércio com o Brasil. Os comerciantes tupiniquins, muito rebeldes, não queriam o retorno do pacto, logo, o rei voltou a Portugal, deixando seu filho Pedro, botando ordem na colônia, e assim, D. Pedro declarou sua permanência no Brasil, com aquela famosa frase que todos conhecem (ou pelo menos quase todos), “se é para o bem de todos e a felicidade geral da nação: diga ao povo que fico”.


Com D. João sendo obrigado a voltar para Portugal, D. Pedro assume o poder, o que faz com que aconteça diversas transformações na colônia, entre elas, a independência do país (1822).

Laís de Jesus

O trato com a Inglaterra e a mudança no Brasil no âmbito econômico.

Rio de Janeiro
O Bloqueio Continental feito por Napoleão Bonaparte em 1806 prejudicou muito o comércio inglês, pois fechou portos europeus para a distribuição de mercadorias inglesas. A Inglaterra, com a economia enfraquecida, viu que a única solução para seu problema era expandir seu mercado consumidor, e para isso se utilizou de tratados com a Coroa portuguesa.   
Quando D. João aboliu o pacto colonial, que decretava que o Brasil poderia negociar apenas com Portugal, proclamou a abertura dos portos às nações amigas, o que incluía a Grã-Bretanha. Mas apenas em 1810 foi oficializada a união econômica entre os ingleses e os portugueses, pois foram assinados dois tratados: o de Aliança e Amizade e o de Comércio e Navegação.
Esses tratados conferiram várias vantagens aos britânicos, principalmente no comercio, eles decretavam que as tarifas alfandegárias para produtos vindos da Inglaterra deveriam ser mais baixas (15% sobre manufaturas inglesas, 16% sobre portuguesas e 24% sobre as dos outros países), que o porto de Santa Catarina seria livre para os ingleses e que cidadãos dessa nacionalidade vivendo no império português só poderiam ser julgados por meios britânicos. Portugal ainda se comprometeu a acabar com o trafico negreiro, aumentando o trabalho assalariado, e assim, o consumismo.
Esses tratados, apesar de favorecerem bastante a economia inglesa, acabaram por causar prejuízo a portuguesa, e, consequentemente, a brasileira. Eles também modificaram muito o consumismo habitual no Brasil, pois chegaram grandes quantidades de mercadorias, que por serem tantas eram guardas em casas alugadas pelo Príncipe Regente, aumentando a compra de produtos de fora. Mas as exportações não cresceram da mesma maneira, pois os britânicos tinham suas manufaturas produzidas por suas colônias, fazendo a economia brasileira permanecer desequilibrada até meados de 1850.  

Thatiany Andrade

A Família Real Portuguesa no Rio de Janeiro

O primeiro beija mão.
Após a estádia de pouco mais de um mês em Salvador, Dom João e a corte portuguesa chegam ao Rio de Janeiro no dia 08 de março de 1808. A população carioca recebeu a corte com muita festa e euforia. No mesmo dia da chegada, ocorreu uma missa em homenagem aos portugueses que ali chegavam, e o primeiro “beija-mão” (seção com príncipe regente, onde a população beijava a sua mão e lhe fazia um pedido, que podia ou não ser atendido). Por causa de uma crise de piolho que ocorreu durante a viagem, a família real portuguesa teve que raspar a cabeça e desembarcaram no Rio de Janeiro com perucas. O que virou moda na cidade já que todos queriam ser tão “chiques” quanto à elite portuguesa. 
O Rio de Janeiro teve que ser modificado e modernizado, afinal estava abrigando ,agora, a elite portuguesa. Muitos cidadãos tiveram que deixar suas casas, já que a família real precisava de lugar para ficar. Foi colocado o símbolo “P.R” (Príncipe Regente), que foi apelidado pela população com “ponha-se na rua”, em todas as casas que agora pertenceriam à corte portuguesa.
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Por toda a elite portuguesa está no Brasil e todas as decisões políticas e econômicas tanto da colônia como da metrópole estarem aqui no Brasil, o país passou a ser Reino Unido de Portugal e Algarves. Contribuindo para mais um passo para o Brasil rumo à independência.
Biblioteca Real
Várias foram as mudanças ocorrida na atual capital brasileira e em todo o país a partir daí. Mudanças no rumo da política, economia e cultura. Houve a instituição de alguns ministérios, como o da guerra e o da Marinha. Também foram criados muitos órgãos públicos, como:
  • Bando do Brasil
  • Academia Real militar
  • Academia da Marinha
  • Escola real de ciências
  • Museu Nacional
  • Observatório astronômico
  • Biblioteca Real
  • Jardim botânico
  • Casa da Moeda
  • Supremo Tribunal
Raíssa Cardeal

    Dom João VI Chega a Salvador

    Fugindo de Napoleão ou apenas fazendo uso de uma saída estratégica, Dom João VI e a corte portuguesa (em média 15 mil pessoas em 14 navios) embarcam para o Brasil no dia 29 de novembro de 1807. Após uma tempestade, durante a viagem, a frota se separa, chegando assim em Salvador, no dia 22 de janeiro de 1808, apenas dois navios. Em um desses navios estava o príncipe regente de Portugal, Dom João VI. Os portugueses foram recebidos com surpresa, agitação e festa pelo povo Baiano. O príncipe regente, porém, ficou apenas 34 dias em Salvador, o que não impediu que Dom João tomasse medidas bastante importantes para a cidade.
    Seis dias após a sua chegada, Dom João, tomou sua primeira decisão no Brasil, que foi importantíssima para a economia Brasileira: a abertura dos porto para as nações amigas. Essa medida foi o primeiro passo do Brasil rumo à independência. A partir dela, o Brasil passou a comercializar diretamente com os outros países, principalmente com a Inglaterra. Agora os produtos das colônias não precisavam mais passar por Portugal. Acabava, assim, o pacto colonial. Observa-se abaixo o decreto de Dom João VI, através de um trecho da carta régia:

    "Primo: que sejam admissíveis nas Alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias transportadas, ou em navios estrangeiros das Potências, que se conservam em paz e harmonia com a minha leal Coroa, ou em navios dos meus vassalos, [...] Segundo: que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os Portos, que bem lhes parecer a benefício do comércio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais, a exceção do pau-brasil, ou outros notoriamente estancados.[...]" 

    O Príncipe Regente fundou também a 1ª Escola de Cirurgia da Bahia, localizada ao lado do Colégio dos jesuítas, que futuramente seria a 1ª faculdade de medicina da Bahia. Em conseqüência a abertura dos portos, Dom João autorizou a criação de diversas indústrias no estado, como indústrias de tabaco, de vidro de pólvora e entre outros.


    Chegada da Família Real

    Raíssa Cardeal

    O Bloqueio Continental e A Fuga para o Brasil

    Todos sabem que a família real portuguesa veio para o Brasil. Mas... Porque eles vieram?  Por alguns fatores. Um deles foi o Bloqueio Continental, imposto por Napoleão Bonaparte, imperador da França, no início do século XIX.

    Napoleão dominava diversos países europeus, porém, o único exército que era capaz de resistir ao poder da França, era a poderosa marinha inglesa. Depois de muito pensar, Napoleão resolveu usar de uma tática nova. Já que não era possível vencer a Inglaterra por meio da guerra, ele ira enfraquecer a economia. Para isso, em 1806 decretou o Bloqueio Continental. Que era, nada mais e nada menos do que o fechamento dos portos de todos os países europeus ao comércio inglês.

           Mapa do Bloqueio Continental     
    Até aqui, está tudo bem. Mas... O que Portugal tinha de especial? 

    Nessa época, Portugal estava sendo governado pelo príncipe D. João, já que, a rainha Maria I, sofria de problemas mentais. D. João queria ficar neutro nesse conflito, já que não poderia atender ao pedido de Napoleão, de aderir ao Bloqueio Continental, por causa das grandes relações comerciais que Portugal tinha com o mercado inglês. Além disso, havia o risco da Inglaterra atacar o Brasil, que era colônia de Portugal.

    Como Portugal foi contra o Bloqueio, em 1807, o exército francês, juntamente com o exército espanhol invadiram Portugal. Sem meios de resistir a essa invasão, D. João juntamente com a Corte portuguesa fugiram para o Brasil, com a proteção de uma esquadra naval inglesa.

         Embarque da Família Real Portuguesa.   

    Chegaram ao Brasil em 22 de Janeiro de 1808

    Rafael Dourado